Nutricionista fala dos sintomas e riscos da desidratação

Nutricionista fala dos sintomas e riscos da desidratação

22/11/2023 0 Por Redação

A ingestão de água é fundamental porque o nosso corpo precisa de líquido para manter a temperatura ideal de funcionamento.

Ainda não chegamos no verão, mas os dias estão cada vez mais quentes. Para encarar esse calor intenso, o Ministério da Saúde reforça medidas importantes, principalmente quanto à hidratação. A ingestão de água é fundamental porque o nosso corpo precisa de líquido para manter a temperatura ideal de funcionamento.

Para falar sobre a importância de se manter hidratado e os perigos da baixa ingestão de líquido nesse período, conversamos com a nutricionista e professora do curso de Nutrição na modalidade de ensino a distância (EAD) da Universidade Tiradentes (Unit), Kathlleen Alves da Silva, que começou falando sobre os sintomas da desidratação, que pode ser classificada, segundo o grau de gravidade, em leve, moderada e grave. “Na desidratação leve e moderada ocorre estímulo do centro de sede do cérebro, provocando sede para que o indivíduo beba mais líquidos. A sudorese diminui, menos urina é excretada, ocorre diminuição da elasticidade da pele, a boca fica seca, dor de cabeça, sonolência, tonturas, fraqueza, cansaço e aumento da frequência cardíaca. Quando há uma desidratação grave, a pressão arterial pode cair provocando sensação de desmaio iminente ou desmaio, especialmente ao levantar-se. Além disso, pode ocorrer perda de consciência, convulsões, coma, falência de órgãos e até mesmo a morte”, ressaltou.

A nutricionista também explica que a água se desloca do interior das células para a corrente sanguínea para manter o volume necessário de sangue e a pressão arterial. Se a desidratação continuar, os tecidos do corpo começam a secar e as células começam a encolher e a funcionar inadequadamente. “Se a desidratação não for tratada, ocorrem choques e graves danos aos órgãos internos, tais como rins, fígado e cérebro. As células cerebrais são suscetíveis a níveis mais graves de desidratação, assim pode haver confusão mental”, afirmou.

Para reverter o quadro de desidratação leve, beber bastante água talvez seja suficiente. Na desidratação moderada e grave, os eletrólitos perdidos (principalmente sódio e potássio) devem ser repostos. É importante se manter hidratado com água, outros líquidos e alimentos que possuem uma alta concentração de água, assim é possível evitar que ocorra uma perda de água excessiva e perda de eletrólitos do corpo. A água de coco é eficaz na hidratação do corpo, mas não deve substituir a água pois os sais da água de coco como sódio e potássio, em excesso, podem comprometer o funcionamento de algumas células.

A desidratação é mais perigosa nas crianças mais novas e também para os idosos. Os recém-nascidos e lactentes o leite materno é o recurso ideal para o tratamento da desidratação nos primeiros seis meses de vida da criança. Depois, independentemente da idade, nos casos de desidratação leve e moderada, beber muita água filtrada ou fervida em goles pequenos e intervalos curtos pode ser o suficiente para reidratar o organismo. “É importante também manter a pessoa em ambiente com temperatura amena para evitar a perda de água pelo suor. Os idosos também são mais sensíveis à desidratação pois demoram mais para sentir sede e a sentem com menos intensidade, é possível que mesmo os idosos que se encontram bem de saúde não bebam uma quantidade suficiente de líquido por vários motivos, incluindo incontinência urinária”, finalizou.

Ascom Unit