Estudo mostra que Aracaju é o 8º município mais violento do país para pessoas LGBTI+

Estudo mostra que Aracaju é o 8º município mais violento do país para pessoas LGBTI+

17/05/2021 0 Por Redação

De acordo com o relatório “Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil 2020” realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), no ano passado 224 pessoas foram vítimas de homotransfobia no Brasil. O estudo mostra que entre os 20 municípios que registraram os maiores índices de violência, a capital sergipana, Aracaju, ocupa a oitava posição.

O levantamento é realizado há 41 anos e pela primeira vez registrou um número maior de mortes de travestis e mulheres trans do que a de crimes de homicídio praticado contra gays. Dos crimes violentos praticados em 2020 contra essas pessoas, a morte de travestis e mulheres trans alcançou 161 casos; de gays foram 51 vítimas; e de lésbicas, o total chegou a 10 casos de mortes violentas.

Ainda segundo o estudo, no ano de 2020 houve uma redução no número de casos desses crimes, quando foram totalizadas 237 mortes entre crimes de LGBTIfobia e suicídio dessas pessoas, quantidade 28% menor quando comparado com o ano de 2019. O relatório mostra também que o maior número de mortes violentas registradas em pessoas LGBTI+ até o momento foi em 2017, quando 445 crimes foram contabilizados naquele ano.

A maioria das vítimas desses crimes no ano passado não tiveram a faixa etária identificada (34,1% delas), enquanto 32,9% tinham entre 15 e 30 anos, 24,8% tinham de 31 a 45 anos e 8% dessas mortes correspondem a de pessoas LGBTI+ de 46 anos ou mais. Além disso, a maioria dessas vítimas, 54% delas, eram pretas ou pardas e 46% eram brancas.

Na grande maioria, foi identificada que as vítimas eram profissionais do sexo (44,6%) e a morte foi provocada por uso de arma de fogo (42,3%), esfaqueamento (23%) e espancamento (9,1%).

 

Informações do Portal FanF1