Educação municipal oferta níveis e modalidades de ensino que atendem às necessidades dos aracajuanos

Educação municipal oferta níveis e modalidades de ensino que atendem às necessidades dos aracajuanos

10/11/2023 0 Por Redação

São, ao todo, 79 unidades escolares na rede municipal, que levam à população todo o suporte educacional necessário ao seu desenvolvimento

A rede municipal de ensino de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), oferta níveis de ensino que atendem aos cidadãos em suas necessidades. Seja na educação infantil, ensino fundamental, educação especial ou educação de jovens e adultos, os aracajuanos têm à disposição uma educação pública de qualidade. São, ao todo, 79 unidades escolares na rede municipal, que levam à população todo o suporte educacional necessário ao seu desenvolvimento.Nas unidades de educação infantil, que são as Emeis, são ofertadas a creche e também a pré-escola. O secretário municipal de Educação, Ricardo Abreu, explica que esta é a etapa destinada às crianças de meses de idade, porque o direito à creche começa quando termina a licença de gestação da mãe. Em tese, a partir dos cinco ou seis meses, a criança já tem o direito e a possibilidade de frequentar uma creche.“Na creche a gente pode ter o atendimento integral ou o atendimento parcial, porque ela é pensada para desenvolver nas crianças a socialização, para que a gente possa trabalhar os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, e também os campos de experiência das crianças. É nesse momento em que nós vamos socializar as crianças e apresentá-las às possibilidades do mundo, para além da família. Ainda na educação infantil, temos a pré-escola, que é a etapa que corresponde aos quatro e cinco anos. Esse é o momento em que vamos continuar aperfeiçoando os direitos de aprendizagem, de desenvolvimento e os campos de experiências”, explicou. Atualmente, há cerca de 9.045 alunos matriculados nas Emeis.A secretária adjunta da Educação, Maria Antônia Arimateia, destaca que o direito de aprendizagem e desenvolvimento é dar às crianças a oportunidade de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e também conhecer. Para isso, são ofertados nas creches cinco campos de experiência. Um deles é o “eu o outro e o nós”, no qual a criança se descobre, descobre o outro, e a partir disso, se socializa. Outro campo é “a escuta, a fala e a linguagem”. Depois tem “os traços, os sons, as cores e as formas”. “Então começamos a alfabetização a partir daí, que é quando a gente começa a aproximar as crianças dessas linguagens, que depois vão se concretizar quando estiverem no ensino fundamental. Além disso, a noção de espaço, tempo, e quantidade também vai colaborar para que todas essas percepções possam se desenvolver. Isso é dever da educação infantil, e a gente trabalha isso nas Emeis”, afirmou.Ensino fundamentalO ensino fundamental ofertado na rede municipal de ensino de Aracaju possui cerca de 20.436 alunos matriculados. Ele é composto por nove anos/séries, divididos entre anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano). Nos anos iniciais são trabalhadas a alfabetização, as descobertas, e o início de todo o processo de percepção. Segundo o secretário Ricardo Abreu, é nesse nível de ensino que a escola incentiva cada aluno a desenvolver sua autonomia. “É por isso que é tão importante que o Departamento de Educação esteja trabalhando para que, até o final do 2º ano, todos os alunos estejam devidamente alfabetizados. Com isso, todos os fenômenos, todas as outras disciplinas vão sendo aprendidas com muita tranquilidade, porque a criança já está devidamente alfabetizada”, disse.Já os anos finais são o período em que o aluno continua se desenvolvendo e consolidando, cada vez mais, a sua alfabetização. “O mais importante é dar ao aluno a condição de continuar aprendendo e estudando, para que ele possa se lançar no ensino médio, que é trabalhado na rede estadual”, declarou.Dentro do ensino fundamental existem também algumas modalidades de ensino. Uma delas é a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que em Aracaju, possui cerca de 2 mil alunos matriculados. Ela é voltada para aqueles que não tiveram oportunidade de estudar na idade de referência, geralmente pessoas com quinze anos ou mais. Na rede municipal de Aracaju, a EJA trabalha com o ensino fundamental dos anos iniciais e dos anos finais. De acordo com a secretária adjunta, Maria Antônia Arimatéia, na EJA há uma grande quantidade de alunos que já trabalham, e alguns adolescentes que, muitas vezes, tiveram dificuldades com o ensino convencional, ou que por alguma necessidade maior na família pararam de estudar, ou não conseguiram se desenvolver tão bem ao longo do percurso.“São alunos que, por algum motivo, foram acumulando reprovação, chegaram a uma idade em que, muitas vezes, as famílias ou até mesmo a escola, orienta para que ele vá para o turno noturno. Agora, a EJA é pensada para um aluno trabalhador, um aluno adulto, que já tenha uma perspectiva de mundo, uma perspectiva de vida diferenciada. Mas a gente ainda tem uma grande quantidade de adolescentes. Esse é o grande desafio da Educação de Jovens e Adultos, o de conciliar esse grupo diverso dentro da sala de aula, dentro do espaço escolar, porque nas nossas escolas nós temos desde o adolescente de 16 anos até o senhor ou a senhora de 80 ou mais”, explicou.Educação EspecialDe acordo com o Censo Escolar 2023, a rede municipal de ensino de Aracaju conta com 1.391 estudantes que compõem o público-alvo da Educação Especial e Inclusiva. Este público é definido conforme normativas do Ministério da Educação como pessoas com transtornos globais do desenvolvimento: nomenclatura em desuso, hoje abrangendo pessoas com Transtorno do Espectro Autista; pessoas com deficiência, englobando baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência auditiva, deficiência motora/física, deficiência intelectual, surdez e surdocegueira – além da deficiência múltipla; e pessoas com altas habilidades, aquelas que apresentam elevado potencial criativo, intelectual, acadêmico, de liderança, psicomotor e artístico, de forma isolada ou combinada, em áreas de seu interesse“A educação especial vem sendo trabalhada no município com uma perspectiva cada vez mais científica, no sentido de qualificar tanto os professores, quanto os técnicos de educação, para que a gente possa oferecer um trabalho diferenciado. É muito importante que a gente perceba que o grande desafio da educação especial é o diagnóstico de cada criança, e a partir dele, fazer um percurso formativo diferenciado para cada um, porque os alunos na educação especial vão apresentar diferentes necessidades, diferentes perspectivas e a gente, enquanto escola, precisa estar preparado cada vez mais para oferecer essa necessidade que o aluno têm”, afirmou o secretário Ricardo Abreu.Segundo o diretor do Departamento de Educação Básica da Semed, Evilson Nunes, a educação especial atende a um público muito heterogêneo, e que para cada deficiência, é necessário um tratamento pedagógico diferenciado. “Nós pensamos na melhor forma sobre como a escola vai atender esse aluno e propiciar a ele a integração ao ambiente escolar, mas também o desenvolvimento pedagógico. É necessário identificar aluno por aluno e traçar percursos de aprendizagens que são trabalhados em sala de aula pelo professor, mas também no contraturno, na sala de recursos multifuncionais, com um profissional, que também é professor mas com habilitação em atendimento educacional especializado, que vai traçar as rotas, complementações, adaptação de materiais”, declarou.