
Polícia Científica realiza Simulação de Identificação de Vítimas de Desastres no Curso de Formação para novos servidores
26/08/2024Com o objetivo de preparar os novos servidores para atuação pericial em eventuais grandes desastres, a Polícia Científica realizou uma Simulação de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI). A simulação, que ocorreu na última sexta-feira, 23, na Escola de Gestão Penitenciária (Egesp), integrou as instruções que estão sendo ministradas pela instituição no II Curso de Formação de Carreiras da Polícia Científica.
Como instrutores, a simulação teve a perita odonto-legista Suzana Papile Maciel, do Instituto Médico Legal de Sergipe (IML) de Sergipe; o professor Alexandre Raphael Deitos, perito criminal da Polícia Federal, que já esteve à frente de trabalhos de identificação em diferentes desastres; e a perita-odontolegista do IML da Bahia Liz Magalhães.
Para o coordenador-geral de perícias, Victor Barros, a simulação é importante para preparar os novos servidores em eventuais grandes ocorrências. “Em casos de DVI, é preciso que haja uma pronta resposta das autoridades de segurança pública. Nós já havíamos tido esse treinamento e agora estamos capacitando os novos servidores”, ressaltou.
Durante a simulação, os novos servidores tiveram instruções sobre os protocolos de identificação de vítimas, conforme detalhou Suzana Maciel. “Em cenários de desastre, nós seguimos o protocolo da Interpol, que utiliza os métodos de identificação. Primeiro, por papiloscopia, odontologia, análise genética e alguns outros meios”, explicou.
“Os meios secundários são tatuagem e outras informações são trazidas pelas famílias e que são importantes como vestes e pertences. Então todas as informações que são trazidas pelas famílias de tratamento odontológico, de documentos desses familiares são muito importantes para a identificação”, acrescentou a perita odontolegista, Suzana Maciel.
Esse protocolo preconiza que a resposta DVI seja dada de maneira sistemática e padronizada, conforme ressaltou o perito criminal da PF Raphael Deitos. “A padronização dos protocolos é de suma importância, inclusive a Interpol difunde esses protocolos para mais de 190 países”, detalhou.
Raphael Deitos ressaltou ainda que os protocolos apresentados aos novos servidores da Polícia Científica estão em consonância com a atuação integrada entre as instituições. “Outras instituições podem chegar antes ao local, e a maneira como são tratados os vestígios é de suma importância para a resposta a situações de DVI”, concluiu o perito criminal da PF.